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Esta singularidade (um grupo de teatro na génese de uma associação), caracteriza a dinâmica da ACERT, influenciando decisivamente a sua evolução: crescimento de um projecto transversal, em termos da promoção de espectáculos; formação e produção artísticas, sustentado por uma equipa que, pela profissionalização teatral, garante a sua operacionalidade, em termos da gestão de um projecto contínuo de programação permanente.


Assim se tem mantido uma estrutura cultural numa zona do pais que se afirma por:

  1. - Incorporar uma prática artística renovadora numa relação comunitária coerentemente eficaz, de forma a potenciar circuitos didácticos de conquista de públicos diferenciados e, sobretudo, carentes de oferta cultural.

    - Projectar experiências artísticas numa ampla rede de itinerância local, regional e nacional e internacional favorecedora de capitalização de experiências e de contactos para implantação e potencialização do projecto, em termos de experimentalismo artístico, de inovação de metodologias e de extensão geográfica de públicos.

    - Procurar práticas de actuação que suportem o desenvolvimento do projecto na abrangência a outras zonas geográficas e atraindo públicos urbanos que, adicionados a interligação comunitária, dêem consistência a um plano de inserção local, ousado nas práticas e metas.

    - Inovar permanentemente os meios de actuação (recursos humanos – criadores, técnicos, animadores -, espaço, equipamentos, oferta de serviços, formação artística e de gestão cultural), de forma a garantir um aumento qualitativo da programação, das condições oferecidas aos criadores e, consequentemente, aos públicos.

    - Manter o grau de exigência artística profissional, garantido pela actualização formativa e permuta de experiências, factores necessários para prosseguir um processo de crescimento equilibrado.

Foi esta a prática que permitiu implantar geograficamente a ACERT, projectando-a na vida cultural do País pela identidade com que dirige uma actuação artística transversal, didáctica, ousada e eficaz na transformação dos hábitos culturais. De salientar que o distrito de Viseu, hoje com uma indiscutível oferta e projecção cultural, era considerado uma região sem práticas, espaços ou hábitos culturais. É obvio que não consideramos a ACERT como protagonista única dessa mudança, mas seria um contra-senso alhearmo-nos do importante papel por ela desenvolvido nesta transformação.


Assim, é notório que a linha definidora da actuação da ACERT se situa num plano de inovação de práticas artísticas que favoreça a fruição e participação cultural. Para atingir esta meta, a acção tem-se estabelecido no fortalecimento de uma equipa, o mais possível pluridisciplinar no manuseamento das ferramentas necessárias a uma programação:

  1. - suficientemente provocadora, no sentido das alterações experimentais com que deseja incitar o público a que se dirige;

    - fortemente sensata, pela responsabilidade comunitária e heterogeneidade dos públicos que deseja conquistar.

É na interligação entre a ousadia criativa (enquanto motor de exigência de um público que se pretende mais exigente, critico e formado), e uma prática cultural fortemente influenciadora e transformadora das realidades circundantes, que a acção da ACERT se norteia. Criar condições para conquistar o espaço de equilíbrio entre estas duas práticas é o ponto de identidade de um projecto que se assume inteiramente disponível para redescobrir permanentemente a forma adequada de corresponder à realidade específica de um espaço, de uma região e da multiplicidade dos públicos a sensibilizar.


Assim, tornam-se evidentes na prática da ACERT alguns elementos identificadores da sua acção:

  1. - Uma equipa de criadores teatrais que, na pluridisciplinaridade das linguagens artísticas e dos campos de actuação que abordam, representam uma mais-valia importante no acompanhamento de uma programação e dinâmica de um espaço, havendo a realçar a natureza inovadora caracterizada pela incursão em áreas transversais artísticas: máquina de cena “Memoriar”; identidade dos Festivais de Músicas do Mundo; abertura permanente aos criadores emergentes nas várias áreas artísticas sem espaço próprio de produção e produções especiais na exploração de múltiplas linguagens: multimédia, música e teatro, arquitectura de cena, edições, etc.

    - Uma complementaridade de sinergias entre equipas (criadores, gestores, programadores, técnicos e agentes culturais) na prossecução de um plano interventivo comunitario e transversal, pelas inter-relações artísticas que provêm da acção de itinerância da equipa teatral residente.

    - Uma capitalização, pela equipa artística residente, das experiências abrangentes realizadas nas várias áreas artísticas, projectadas na ampliação do universo experimental a explorar a nível criativo.

    - A genuinidade e qualidade de estreias nacionais e internacionais que escolhem já o NOVO CICLO ACERT, como espaço privilegiado de pré-produção e de corrente de espectadores instalada, enquanto motor de captação de públicos extra-regionais.